Existem dois tipos de pessoas... (existem muitos mais, mas...)
Existem vários tipos de pessoas que nos falam sobre o B!
O tipo que nos trata como se não existissemos: "Oi.Como é que ele está?" ou "Já tenho saudades do B" e ainda nem o conhecem. Têm tanta ânsia em saber notícias dele que se atropelam, nos atropelam, e vão logo diretos ao assunto. Este tipo de pessoas é típico e comum a todos os novos pais, que que sentem completamente em segundo plano. Agora é como se existissem apenas os bebés!
O tipo que parecem ter mais esperança que nós próprios... "Eu sei que vai correr tudo bem!" ou "O meu anjo da guarda a mim nunca me falha e eu tenho rezado por ele".
Quando nos dizem coisas destas fico sempre a pensar que raio de imagem é que nós transmitimos...? Será que damos a impressão que não nos importamos? Ou que perdemos a esperança? Fico sempre intrigada com este tipo de pessoas. Perguntam por ele, e quando dizemos qualquer coisa que se pareça com a realidade fazem logo o favor de nos interromper e nem deixar acabar a frase dizendo "...mas vai correr tudo bem! Isso é que importa!"
Ninguém, quando nos pergunta por ele, tem a noção de que as respostas poderão magoar ou frustrar as suas expectativas e não conseguem lidar muito bem com isso... e "tentam" animar-nos com os seus "esfuziantes" votos de confiança. Bolas, só nós sabemos da realidade dura e crua, e ninguém mais do que nós, espera, deseja e sabe que no fim, tudo vai correr bem. Ninguém.
O tipo "como é que ele está?" é curioso. Obriga-me a ter uma noção dos "relatórios" que vou fazendo. Tenho que lembrar-me quando e qual foi a última informação que dei a essa pessoa, e tentar a partir daí gerir a informação que é fornecida. E depois de fazermos os "relatórios", vêm ainda as questões "mas ainda está nos cuidados intensivos?", "quanto é que pesa?", "está a ser medicado?", "mas foi operado porquê?", "o que é que o médico disse", "levou outra transfusão? mas porquê? análises? quais os valores de hemoglobina?".
Decididamente, estes são do tipo que me faz arrepender de falar tanto, e de dizer a verdade. Se eu mentisse, ou dissesse apenas que "vai andando" poupava-me a questões, irritações e...
Ninguém tem de saber os pormenores. Claro que é bom e normal que se preocupem, mas... com limites. Este tipo causa dor.
O tipo que tem um exemplo para dar. Todos conhecem alguém, um primo, um sobrinho, uma amiga, um vizinho, ou então o exemplo da Mariza, da fadista. "Sabemos que vai correr bem!", "cabia na palma da nossa mão", "agora é exactamente como os outros", "parece que tomou vitaminas e está enorme!". Fico mesmo muito feliz com o sucesso dos outros. A sério que fico. E no futuro, eu também terei um exemplo para dar. Bom, melhor, pior... mas será também um exemplo.
Mas, na verdade, eu não quero saber dos outros para nada. Para nada. Eu estou rodeada de exemplos na maternidade. Bons, e menos bons. E lido bem com isso.
Quando me dizem, sem saberem de nada "ai a minha prima era tão pequenina que a mãozinha dela a apertar a nossa, era mesmo pequenina" ou "era um ratinho, nem chegava a um quilo!"...
Fico calada, sorrio, faço um ar de compreensão. sei lá. Não sabem. Não me vou por a dizer que o meu pesava menos, ou isto ou aquilo. Não interrompo. Deixo-os falar. Sou vaga...
Sei que todos somos um bocadinho de cada tipo, dependendo das situações.
Sei que ninguém tem a intenção de magoar. Querem apoiar, ajudar, confortar...
Sei que nem sempre tenho paciência ou compreensão para suportar estas coisas.
Sei que, no final, vou rir-me por ter escrito estes disparates... que poderão "ofender" quem se rever nestes tipos.
Sei que, tenho o direito de os escrever.
Sei que só nós sabemos.
Existem vários tipos de pessoas que nos falam sobre o B!
O tipo que nos trata como se não existissemos: "Oi.Como é que ele está?" ou "Já tenho saudades do B" e ainda nem o conhecem. Têm tanta ânsia em saber notícias dele que se atropelam, nos atropelam, e vão logo diretos ao assunto. Este tipo de pessoas é típico e comum a todos os novos pais, que que sentem completamente em segundo plano. Agora é como se existissem apenas os bebés!
O tipo que parecem ter mais esperança que nós próprios... "Eu sei que vai correr tudo bem!" ou "O meu anjo da guarda a mim nunca me falha e eu tenho rezado por ele".
Quando nos dizem coisas destas fico sempre a pensar que raio de imagem é que nós transmitimos...? Será que damos a impressão que não nos importamos? Ou que perdemos a esperança? Fico sempre intrigada com este tipo de pessoas. Perguntam por ele, e quando dizemos qualquer coisa que se pareça com a realidade fazem logo o favor de nos interromper e nem deixar acabar a frase dizendo "...mas vai correr tudo bem! Isso é que importa!"
Ninguém, quando nos pergunta por ele, tem a noção de que as respostas poderão magoar ou frustrar as suas expectativas e não conseguem lidar muito bem com isso... e "tentam" animar-nos com os seus "esfuziantes" votos de confiança. Bolas, só nós sabemos da realidade dura e crua, e ninguém mais do que nós, espera, deseja e sabe que no fim, tudo vai correr bem. Ninguém.
O tipo "como é que ele está?" é curioso. Obriga-me a ter uma noção dos "relatórios" que vou fazendo. Tenho que lembrar-me quando e qual foi a última informação que dei a essa pessoa, e tentar a partir daí gerir a informação que é fornecida. E depois de fazermos os "relatórios", vêm ainda as questões "mas ainda está nos cuidados intensivos?", "quanto é que pesa?", "está a ser medicado?", "mas foi operado porquê?", "o que é que o médico disse", "levou outra transfusão? mas porquê? análises? quais os valores de hemoglobina?".
Decididamente, estes são do tipo que me faz arrepender de falar tanto, e de dizer a verdade. Se eu mentisse, ou dissesse apenas que "vai andando" poupava-me a questões, irritações e...
Ninguém tem de saber os pormenores. Claro que é bom e normal que se preocupem, mas... com limites. Este tipo causa dor.
O tipo que tem um exemplo para dar. Todos conhecem alguém, um primo, um sobrinho, uma amiga, um vizinho, ou então o exemplo da Mariza, da fadista. "Sabemos que vai correr bem!", "cabia na palma da nossa mão", "agora é exactamente como os outros", "parece que tomou vitaminas e está enorme!". Fico mesmo muito feliz com o sucesso dos outros. A sério que fico. E no futuro, eu também terei um exemplo para dar. Bom, melhor, pior... mas será também um exemplo.
Mas, na verdade, eu não quero saber dos outros para nada. Para nada. Eu estou rodeada de exemplos na maternidade. Bons, e menos bons. E lido bem com isso.
Quando me dizem, sem saberem de nada "ai a minha prima era tão pequenina que a mãozinha dela a apertar a nossa, era mesmo pequenina" ou "era um ratinho, nem chegava a um quilo!"...
Fico calada, sorrio, faço um ar de compreensão. sei lá. Não sabem. Não me vou por a dizer que o meu pesava menos, ou isto ou aquilo. Não interrompo. Deixo-os falar. Sou vaga...
Sei que todos somos um bocadinho de cada tipo, dependendo das situações.
Sei que ninguém tem a intenção de magoar. Querem apoiar, ajudar, confortar...
Sei que nem sempre tenho paciência ou compreensão para suportar estas coisas.
Sei que, no final, vou rir-me por ter escrito estes disparates... que poderão "ofender" quem se rever nestes tipos.
Sei que, tenho o direito de os escrever.
Sei que só nós sabemos.
ninguem irá julgar-vos pois só vós sabem o quão dificil está a ser e o facto de estarmos sempre a perguntar deixa-vos embaixo e sem paciencia para nada o que é normal, aquilo que acho que todos nos pedimos é k Seja Feita justiça e que o B melhore, assim como voces tenham força para lidar com toda esta angustia e dor.
ResponderEliminarForça a aos três ;)